BioGeogilde Weblog

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Boas Férias de Páscoa !!! 31 de Março de 2009

Filed under: 9ºB — Prof. Cristina Vitória @ 18:36
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rabbit_idiot1Desejo, a todos os meus alunos, umas felizes, divertidas, alegres, animadas, recheadas, felizes Férias de Páscoa. Espero que não se percam no meio de coelhos cor de rosa, laços às pintas, ovos de chocolate,  penas brancas, pintos azuis, amêndoas coloridas e pão de ló amareloooooooooo.

Brevemente deixarei aqui algumas sugestões para combater o tédio…LOLLLL

 

Aquecimento do Atlântico ligado às poeiras do Sara e aos vulcões 29 de Março de 2009

desertoA aceleração do aquecimento do Oceano Atlântico nos últimos trinta anos explica-se em grande parte pela diminuição das tempestades de areia no Sara e uma menor actividade vulcânica nos trópicos, sustenta um estudo divulgado quinta-feira nos Estados Unidos.

Os investigadores combinaram dados de satélites sobre a poeira e outras partículas em suspensão na atmosfera que fazem cortina ao sol, com modelos climáticos para avaliar os efeitos sobre a temperatura na superfície do Oceano Atlântico.

Conseguiram calcular o aquecimento do Atlântico nos últimos 26 anos e o impacto sobre as temperaturas segundo as alterações nas tempestades de areia em África e as actividades vulcânicas sobretudo com as erupções do vulcão El Chichón no México em 1982 e do Monte Pinatubo nas Filipinas em 1991.

“Uma grande parte da subida da temperatura desde há 26 anos na superfície do Oceano Atlântico nos trópicos – um quarto de grau Celsius em média por década – só pode explicar-se por (uma diminuição) das tempestades de areia e da actividade vulcânica”, indica Amato Evan, um climatologista da Universidade do Wisconsin (norte), principal autor deste estudo publicado na edição online do jornal Science datado de 26 de Março.

“A combinação destes dois factores explica cerca de 70 por cento deste aumento da temperatura e um quarto está ligado às tempestades de areia e poeira” em África, precisa.

Um aumento modesto pode ter um impacto importante na frequência e na intensidade dos ciclones que se formam mais nas águas mais quentes, explica este investigador.

É assim que a diferença de temperatura na superfície do Atlântico entre 1994, um ano com muito pouca actividade ciclónica, e 2005, que bateu um recorde em número de tempestades tropicais e de furacões, foi de apenas de meio grau Celsius, nota.

Os resultados desta investigação sugerem que apenas 30 por cento dos aumentos da temperatura da água do Atlântico são devidos a outros factores tais como as alterações climáticas, conclui.

Sem desvalorizar a importância das alterações climáticas, este investigador nota que este ajustamento permite compreender porque é que o Atlântico aquece mais depressa do que o Pacífico.

“Isto permite restabelecer uma coerência porque sabemos que as alterações climáticas não podem só por si levar a uma subida tão rápida das temperaturas na superfície dos oceanos”, salienta Amato Evan.

                                                                  In Diário de Notícias, 27 de Março de 2009

 

 

UE planeia embargo a produtos derivados das focas

Filed under: Notícias da Ciência — Prof. Cristina Vitória @ 17:16
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focaEm causa estão as condições de abate em países como o Canadá. Apenas sete dos 27 Estados membros da UE estão contra uma interdição total.

A maioria dos países europeus é favorável à proibição total da importação de produtos derivados das focas devido às condições em que são abatidas, sobretudo no Canadá, adiantaram fontes diplomáticas.

Na reunião de 27 de Março dos representantes dos 27 Estados membros junto da UE, “uma maioria manifestou-se a favor de uma interdição absoluta. Temos a impressão que os Estados europeus estão quase a escolher esta opção”, disse uma das fontes citadas pela AFP.

Apenas sete países estão contra: a Suécia e a Finlândia, que praticam a caça às focas em pequena escala, a Dinamarca, que tradicionalmente apoia a Gronelândia neste assunto, os três Estados bálticos, Lituânia, Letónia e Estónia, e ainda a Bulgária.

A decisão final deverá ser tomada pelos governos da UE e pelo Parlamento Europeu. As discussões sobre o assunto deverão começar amanhã, em Bruxelas, estando a votação do Parlamento Europeu prevista para 22 de Abril.
                                          In Diário de Notícias, 29 de Março de 2009

 

Comer carne aumenta risco de morte 26 de Março de 2009

Filed under: Notícias da Ciência — Prof. Cristina Vitória @ 23:35
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2alcatra_bife_quit1O consumo da carne vermelha ou transformada parece aumentar o risco de mortalidade, enquanto o consumo de carne branca parece reduzi-lo, segundo um estudo conduzido nos Estados Unidos e cujos resultados foram publicados esta segunda-feira.

O estudo foi conduzido, durante dez anos, em mais de meio milhão de pessoas, com idades compreendidas entre os 50 e os 71 anos. No início do estudo, em 1995, os participantes responderam a um questionário sobre o seu consumo de carne vermelha, transformada e carne branca. Foram seguidos depois, nomeadamente, das estatísticas dos serviços de segurança social.

Durante dez anos, morreram 47.976 homens e 23.276 mulheres. Os investigadores do Instituto Nacional Norte-americano do Cancro concluíram que 11% das mortes entre os homens e 16% entre as mulheres podiam ter sido evitadas por uma redução do consumo de carne vermelha e transformada. Entre os que menos consumiram carne vermelha e transformada, o risco de morte em consequência de doenças cardiovasculares era inferior em 11% nos homens e 21% nas mulheres.

Segundo os investigadores, “futuros estudos deverão concentrar-se na ligação entre o consumo e transformada e causas mais específicas de mortalidade”.

                                                                                                                  In Jornal de Notícias, 25 de Março de 2009

 

Exposição a ruído de baixa frequência diminui produção saliva

A exposição ao ruído de baixa frequência pode conduzir a uma diminuição da produção de saliva, originando o aparecimento de cáries dentárias e infecções na cavidade oral e faringe, refere um estudo a que a Lusa teve hoje acesso.

4e88ebce-fe52-bb41-cf01fb8e4046a974A investigação, realizada por Pedro Oliveira, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), conclui que a exposição ao ruído de baixa frequência tem efeitos nocivos na maior glândula salivar, a glândula parótida, o que pode conduzir a uma diminuição da produção de saliva.

Esta situação pode, segundo as conclusões deste trabalho, causar maior vulnerabilidade ao aparecimento de cáries dentárias e a uma maior frequência de infecções na cavidade oral e na faringe.

Os ruídos de baixa frequência, abaixo dos 500 hertz, apesar de poderem ser notados pelo ouvido na maioria dos casos, não parecem incomodar, mas geram uma reacção do organismo em casos de exposição prolongada.

Depois de estudos científicos terem identificado que o ruído de baixa frequência, associado à doença vibro-acústica, afecta órgãos como o coração, os pulmões ou o estômago, a investigação realizada por Pedro Oliveira, no quadro da sua tese de doutoramento, prova que este tipo de poluição ambiental também provoca efeitos nocivos na glândula parótida.

O ruído de baixa frequência, que está presente em diversos ambientes profissionais e residenciais, é uma forma de energia mecânica que atinge os corpos sob a forma de uma onda de pressão sonora que se transmite pelo ar.

O trabalho realizado no ICBAS conclui que este tipo de ruído origina a destruição da glândula parótida, conduzindo a uma redução da produção de saliva, que é um importante elemento de defesa das estruturas orais.

                                                                                                          25 de Março de 2009, In Diário Digital / Lusa

 

Fragmentos de meteorito permitem saber identidade de astro

meteorito1Um meteorito do tamanho de um automóvel, que explodiu no deserto de Nubie, no Sudão, em Outubro, fornece uma ocasião única aos geofísicos para determinarem qual o astro do qual o asteróide se desmembrou.

Chamado 2008 TC3, ou Almahata Sitta, este meteorito foi visto a 6 de Outubro e seguido por milhares de telescópios antes de explodir, a 37 quilómetros, no dia seguinte. Uma expedição, imediatamente montada pelo Instituto de Investigação de Inteligência Extra-Terrestre da Califórnia e pela Universidade de Cartum, permitiu encontrar 47 fragmentos, com um peso total de 3,95 quilos.

Pela primeira vez, os cientistas possuem resultados das observações de um corpo celeste no Espaço, por espectrografia, e análises de laboratório dos fragmentos deste mesmo asteróide, o que permite lançar a investigação para determinar de que astro o meteorito se destacou e saber, por conseguinte, a sua composição.

                          26 de Março de 2009, In Diário Digital / Lusa
 

Investigadores descobrem forma de leitura de memórias

cerebro2Um estudo científico da Universidade de Londres afirma que pode ser possível «ler» as memórias de uma pessoa, através da observação da sua actividade cerebral, revela a revista Current Biology.

A descoberta foi feita através de um aparelho de digitalização, que permite detectar a actividade de uma zona específica do cérebro e pode ter aberto uma nova área de investigação do cérebro.

Demis Hassabis e Eleanor Maguire, autores do estudo, investigaram durante anos o papel do hipocampo, uma zona diminuta do cérebro, que permite que os seres humanos se recordem do passado e imaginem o futuro. Os cientistas usaram uma ressonância magnética funcional para medir os fluxos sanguíneos do cérebro de um voluntário, enquanto ele estava num cenário de realidade virtual.

«Surpreendentemente, apenas com a observação dos dados do cérebro (registados por um algoritmo informático criado por Hassabis), conseguimos indicar de forma exacta onde estava este voluntário, podíamos ler a sua memória espacial», explica Maguire. «Perceber como os seres humanos guardam as memórias é fundamental para ajudar a perceber o seu esquecimento como acontece na doença de Alzheimer», adiantou Hassabis.

Estudos anteriores feitos em ratos já tinham permitido descobrir que a memória fica gravada no hipocampo mas estas investigações concluíram que não era possível registar o momento exacto a que se referem as memórias, uma conclusão que Hassabis e Maguire refutam.

Para Maguire, esta investigação abre uma série de possibilidades para descobrir como são codificadas as memórias pelos neurónios, observando recordações mais completas e precisas do passado e até visões do futuro.

                                                                                                                              13 de Março de 2009 Diário Digital / Lusa

 

Bióloga portuguesa descobre duas novas espécies de insectos 24 de Março de 2009

Filed under: Notícias da Ciência — Prof. Cristina Vitória @ 18:53
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trechus_machadoiDuas novas espécies de escaravelhos, até aqui desconhecidas mundialmente, foram descobertas pela bióloga portuguesa Sofia Reboleira em grutas da Serra d´Aire e Candeeiros, o único habitat destes insectos que se conhece em todo o mundo.

«Só se conhecia uma espécie de escaravelho cavernícola do maciço calcário estremenho [característico da Serra d´Aire e Candeeiros] e passamos a conhecer três», afirmou à agência Lusa a bióloga e espeleóloga da Universidade de Aveiro, Sofia Reboleira.

No âmbito da realização da sua Tese de Mestrado, a cientista desceu a cerca de cem metros de profundidade e foi surpreendida com a descoberta de dois novos escaravelhos que habitam exclusivamente no subsolo das grutas da Serra d´Aire e Candeeiros.

«Só existem numa parte daquelas grutas e em mais lado nenhum do mundo», frisou.

Sofia Reboleira explicou tratar-se de «espécies em vias de extinção«, uma vez que pelo facto de estarem confinadas a um único habitat têm uma «população extraordinariamente reduzida« e são muito «sensíveis à poluição e às alterações do habitat».

Por outro lado, «não sobrevivem» à superfície e «apenas se reproduzem no interior das grutas», fazendo depender dessa condição de isolamento e privação da luz algumas das suas características, como o aspecto despigmentado ou os olhos reduzidos, a que a própria evolução da espécie os conduziu.

As três espécies de escaravelhos, que se distinguem pelas características genitais do macho, provêem contudo de uma espécie ancestral comum que se foi reproduzindo, criando diferenças que deram origem a novas espécies.

As duas novas espécies do escaravelho do maciço calcário estremenho vão ser pela primeira vez divulgadas à comunidade científica mundial, num artigo que irá ser publicado em Maio numa revista alemã da especialidade.

A descoberta remonta ao ano de 2007, altura em que a revista National Geographic publicou um artigo sobre o trabalho de campo desenvolvido pela bióloga no âmbito da tese de mestrado (no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro), que veio a apresentar em Dezembro do mesmo ano, sob a orientação científica dos docentes Fernando Gonçalves, do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, e Artur Serrano, da Faculdade de Ciências de Lisboa.

                                                                                                      24 de Março de 2009, In Diário Digital / Lusa

 

Degelo nos pólos está próximo de ponto sem retorno 23 de Março de 2009

Filed under: Notícias da Ciência — Prof. Cristina Vitória @ 14:09
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degeloc381rtico1A perda de gelo “milenário” nos pólos pode estar a atingir “um ponto sem retorno”, criando um efeito dominó em que o gelo se derrete cada vez mais rapidamente, afectando outros componentes que regulam o ambiente, alerta um especialista.

A opinião é do biólogo português Carlos Duarte, do Conselho Superior de Investigações Superiores (CSIC) de Espanha e que está actualmente a bordo no navio oceanográfico espanhol “Hespérides”, que se encontra na Corrente de Humboldt, ao largo da costa chilena.

Numa entrevista realizada pela Internet, o especialista do Instituto Mediterrâneo de Investigações Avançadas (IMEDEA) explicou alguns dos resultados da última campanha polar, cujas expedições científicas acabam de terminar.

O projecto em curso estuda o impacto de matéria orgânica e contaminantes no Árctico e Antárctico e os seus efeitos nas alterações climáticas.

 

Referindo-se às experiências que viveu na Antártida, Carlos Duarte declarou-se “surpreendido com a rapidez com que o gelo está a desaparecer no Mar de Bellinghausen e com o pouco gelo que está no Mar de Weddell”.

Igualmente surpreendente, referiu, são as altas temperaturas do oceano na zona.

“O gelo que se está a fundir no Árctico e na Antártida é milenário e a formação de gelo, para que seja equivalente (em espessura ou volume) ao perdido, demorará milhares ou dezenas de milhares de anos”, disse.

“Por isso, a perda de gelo que está a ocorrer faz parte de um processo irreversível que se encontra próximo de um ponto sem retorno”, sublinhou.

                                                                                                                                   13/03/09,  In Diário Digital / Lusa