BioGeogilde Weblog

Blog de apoio e complemento às aulas de Ciências Naturais, Biologia Geologia e Biologia

Cientistas detectam nova forma biológica de produzir oxigénio 30 de Março de 2010

Até agora eram conhecidos três formas biológicas de se produzir oxigénio: a fotossíntese e outros dois regimes em que as células produzem oxigénio, normalmente para o seu próprio uso interno, recorrendo a enzimas que quebram substâncias que contenham oxigénio, como os cloratos.

Porém, recentemente foi descoberta uma bactéria capaz de produzir oxigénio através de um novo truque metabólico que lhe permite consumir o metano encontrado em sedimentos pobres em oxigénio, anuncia a “Science”.

Esta nova via  proporciona outras possibilidades para a compreensão de como e onde o oxigénio pode ser criado, sendo que, de acordo com Ronald Oremland, um geomicrobiologista americano que não está envolvido neste estudo, estes resultados poderão mesmo ter implicações na criação de oxigénio noutras partes do sistema solar. (more…)

 

Copérnico é o Pai da Geologia

Estudo publicado na «Geology» atribui ciência ao astrónomo polaco.

A história da Terra é longa, mas “muitos geólogos pensam na Geologia como uma ciência jovem que surgiu por volta de 1800, dois séculos após a Revolução Copérnica, em astronomia e física, é que se eleva a ciência moderna”.

Dois investigadores, um português (Henrique Leitão) e um norte-americano, atribuem agora o início da viagem da Geologia como ciência a Copérnico, há mais de 500 anos, num estudo publicado na revista «Geology» – que já tem ecoado em vários meios de comunicação internacionais.

Ficou registado que a palavra foi usada pela primeira vez pelo naturalista italiano Ulisses Aldrovandi (século XVI), que se interessava especialmente por botânica, zoologia e Geologia – aparentemente, quem deteve a “invenção” ou que escreveu pela primeira vez o nome –, sendo introduzida de forma definitiva por Horace-Bénédict de Saussure em 1779 (século XVIII). (more…)

 

O Efeito Mpemba 29 de Março de 2010

Filed under: 11ºAno,9ºAno,9ºB,Notícias da Ciência — Prof. Cristina Vitória @ 22:05
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Este peculiar fenómeno tem uma longa história, mas foi na década de 60 que o efeito foi reconhecido pela ciência moderna, quando um estudante da Tanzânia chamado Erasto Mpemba, com 13 anos, disse ao seu professor de ciências que conseguia fazer gelados mais rápido do que o normal quando colocava a mistura ainda quente no congelador.

Inicialmente, houve muita relutância em aceitar o facto, mas o fenómeno foi confirmado e publicado.

Esta teoria pode explicar, por exemplo, o facto de nos países frios os canos de água quente congelarem antes dos de água fria.

Ciência Hoje 28/03/10

 

Por que razão a água quente congela mais depressa do que a fria?

Fenómeno de Mpemba já tinha sido observado por Aristóteles, Descartes e Francis Bacon.

A água quente congela mais rapidamente do que a água fria − mas porquê? A resposta a este peculiar fenómeno, que intrigou cientistas de várias gerações, depende da existência de impurezas na água.

O congelamento rápido da água quente é conhecido como efeito Mpemba, e os físicos têm apostado em várias teorias como a evaporação mais rápida reduz o volume da água quente ou que uma camada de gelo isola a água fria.

Já Aristóteles, no século IV a.C., afirmava,  na sua obra Meteorológica I, que a água previamente aquecida contribui para um aquecimento mais rápido e em 1461 o físico Giovanni Marliani confirma igualmente esta situação. Também Descartes e Francis Bacon demonstram o que já parecia ser de senso comum.

Contudo a resposta tem sido muito difícil de encontrar, porque o efeito não é constante − a água fria também pode congelar rapidamente. (more…)

 

O Delta do Nilo está a afundar 25 de Março de 2010

Habitantes poderão ter de abandonar região.

O Egipto celebra, este ano, o 50º aniversário do início da construção do Aswan High Dam – uma maravilha da engenharia que, segundo alguns cientistas, poderá contribuir para uma catástrofe ambiental e levar milhões de habitantes a abandonar o delta, explica a última edição da «Science».
O Aswan High Dam é uma das maiores represas do mundo, no Nilo, no sul do Egipto, construída para controlar a água, armazená-la para tempos de seca e está equipada para fornecer energia hidroeléctrica.

O pior que está a acontecer é a erosão costeira, a subsidência (processo de rebaixamento da superfície terrestre, com amplitude regional a local, por causas tectônicas) e a compactação do solo delta. Durante milhares de anos, o rio Nilo tem, de certa forma, compensado por esses processos naturais, através da apresentação de sedimentos e água fresca. (more…)

 

Rochas Magmáticas 23 de Março de 2010

Filed under: 11ºAno — Prof. Cristina Vitória @ 11:55
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Investigadores transformam água do mar em água potável através de natotecnologia

Objectivo é criar um dispositivo portátil que possa ser utilizado em situações de emergência.

Uma equipa de investigadores do MIT desenvolveu um dispositivo que consegue transformar pequenas quantidades de água do mar (salgada) em água potável. Graças à nanotecnologia este método é bastante mais simples do que os métodos de dessalinização habituais. O estudo está publicado na «Nature Nanotechnology».

O instrumento agora apresentado funciona mediante um fenómeno conhecido como “polarização por concentração de iões” que acontece quanto uma corrente de iões circula através de um nano-canal que vai seleccionando os iões.

Os processos tradicionais de dessalinização requerem um grande consumo energético. A água é forçada a passar por uma membrana que remove as células do sal. Por isso, só funcionam com grandes quantidades de água. Economicamente, são dispendiosas.

Neste novo método, que já tem sido utilizado para outros fins, a água com carga iónica, salgada, passa por um nano-canal. Ao longo do canal existe uma voltagem que repele as partículas com carga. Isto faz com que o líquido se separe, criando dois fluxos, um com carga e outro com partículas neutras.

Os investigadores ainda não sabem como sequenciar e juntar várias destas unidades. O seu objectivo é conseguir criar um dispositivo portátil que possa funcionar com uma bateria que trabalhe a energia solar. Isto para ser utilizado em situações de emergência (ajudar pessoas que vivem em ambientes de seca, vítimas de cheias ou outros desastres naturais). (more…)

 

Limpar Portugal: cem mil voluntários recolheram 70 mil toneladas de lixo 22 de Março de 2010

Cerca de 100 mil voluntários recolheram ontem, em nome da iniciativa “Limpar Portugal”, mais de 70 mil toneladas de lixo por todo o país, disse à Lusa um dos mentores do projecto.

“O tempo dificultou um bocado, mas apesar disso conseguimos reunir os 100 mil voluntários que queríamos. As opiniões técnicas é que conseguimos recolher 70 mil toneladas de lixo”, relatou à Lusa Paulo Torres, um dos três coordenadores nacionais e mentores do projecto. Dentro de dias, sublinhou, os aterros sanitários e as entidades de reciclagem poderão confirmar os números com mais precisão.

O mesmo responsável acrescentou que o lixo foi “apanhado pelo país fora, sem zonas melhores ou piores” ou nas quais a recolha tenha sido mais intensa. Ainda assim, adiantou que “apenas no concelho de Braga recolheram-se 400 toneladas” de lixo, “essencialmente em terrenos de floresta” e “estradas no meio de bouças”. (more…)

 

Encontrados animais vivos a 180 metros debaixo do gelo 19 de Março de 2010

Filed under: 11ºAno,Notícias da Ciência — Prof. Cristina Vitória @ 10:04
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Investigadores da NASA que faziam perfuração em plataformas de gelo na Antártida descobriram inadvertidamente, um exemplar de uma espécia ainda não documentada.

Cientistas não compreendem como estes animais – um anfípoda e uma espécie de medusa – conseguem sobreviver.

Ver o vídeo da imagem

Cientistas da NASA descobriram seres vivos a mais de 180 metros abaixo do gelo. Onde se pensava que apenas podiam viver alguns micróbios estavam, afinal, animais capazes de resistir a condições extremas: um anfípoda Lyssianasid, pequeno crustáceo marinho, parecido com um camarão, de oito centímetros de comprimento e cor de laranja e uma estranha espécie de medusa.

O achado que deixou os investigadores incrédulos aconteceu quando estes filmavam o interior de um bloco de gelo. De repente, uma pequena criatura aproximou-se e colocou-se sobre a câmara. Logo depois, os cientistas observaram um tentáculo que parecia o de uma medusa.

Robert Bindschadler, investigador da NASA, explica que não esperavam encontrar nada no bloco. O vídeo da descoberta será apresentado durante o encontro da União Geofísica Americana.

Esta descoberta levanta uma série de questões às quais os cientistas ainda não sabem responder. Como por exemplo, o que se encontra debaixo do gelo de planetas ou satélites.

A bióloga Stacy Kim, que colabora com a equipa da NASA, afirmou mesmo à comunicação social que não têm ideia do que se está a passar ali. Ela acredita que as criaturas encontradas habitavam mesmo aquele sítio, visto que estão a 19 quilómetros do mar aberto.

No entanto não se percebe como organismos tão complexos conseguem alimentar-se naquele lugar.

Ciência Hoje 16/03/10

 

O Mensageiro das Estrelas foi escrito para causar sensação e agora está em português 18 de Março de 2010

Filed under: 11ºAno,Notícias da Ciência — Prof. Cristina Vitória @ 09:56
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Chama-se Sidereus Nuncius ou o Mensageiro das Estrelas. São apenas 60 páginas, mas mudaram o modo de encarar o Universo e o lugar do Homem no século XVII. Hoje a primeira obra de Galileu Galilei é apresentada pela primeira vez traduzida do latim para português, pela mão do físico e historiador da ciência Henrique Leitão, com a chancela da Fundação Calouste Gulbenkian.

É o primeiro livro escrito por Galileu. Depois de ter construído e experimentado o primeiro telescópio, em 1609, o pai da astronomia moderna não conseguiu conter o mundo novo que descobriu do outro lado da luneta. E quis escrever sobre isso. Foi a única vez que escreveu um livro em latim. Portugal esperou 400 anos para o ler em português. Isso é possível a partir de hoje, depois de a Fundação Calouste Gulbenkian ter decidido aceitar um desafio proposto pela organização portuguesa do Ano Internacional da Astronomia (AIA) e pelo físico e historiador da ciência Henrique Leitão para traduzir, pela primeira vez, uma obra de Galileu para o português de Portugal. (more…)