BioGeogilde Weblog

Blog de apoio e complemento às aulas de Ciências Naturais, Biologia Geologia e Biologia

Stress Crónico: O cérebro responde e procura a rotina 31 de Julho de 2009

StressArtigo publicado hoje na Science

A exposição a stress crónico expande umas regiões do cérebro e atrofia outras, mostra o estudo .

Oito neurocientistas portugueses estudaram as alterações nos circuitos do cérebro em situações de stress crónico. No grupo de ratos analisados, a experiência fez encolher e expandir zonas cerebrais e levou a que activassem o “botão da rotina”. Está tudo na Science
 Vamos colocá-lo a viver no segundo andar de um prédio. Pode ser? Pronto. Agora, imagine a sua rotina diária. Todos os dias, entra no elevador e carrega no botão 2 para chegar a casa. Porém, se mudar de edifício – suponha que está a visitar alguém -, vai escolher outro piso, adaptando-se a esta nova realidade. O problema é que, segundo o estudo agora publicado na revista Science por investigadores portugueses, quando está sujeito a uma situação de stress crónico o mais provável é que continue a carregar no botão 2, em qualquer elevador, de qualquer prédio. O seu cérebro mudou e agora responde com as acções de rotina.

“O que se percebeu é que, durante a exposição crónica a stress (ou seja, durante algum tempo), há mudanças estruturais no nosso cérebro”, resume Rui Costa, um dos autores do artigo publicado hoje na Science e coordenador do departamento de Neurobiologia da Acção da Fundação Champalimaud.

A equipa de neurocientistas estudou três regiões cerebrais que nunca antes tinham sido exploradas nesta associação entre o stress crónico e o processo de tomada de decisão. Procuraram os efeitos no estriado medial e no córtex pré-frontal (associados a comportamentos intencionais) e no estriado lateral (relacionado com os hábitos e comportamentos de rotina). E, segundo explica Rui Costa, nos nossos neurónios que parecem árvores cheias de ramos o stress crónico decepou galhos nas duas regiões ligadas aos comportamentos intencionais e fez nascer novos ramos no campo cerebral da rotina. Na luta de equilíbrios, a rotina parece sair vencedora. E, assim, carregamos no segundo andar de um qualquer elevador. (more…)

 

População mundial de 300 mil Bisbis concentrada nas florestas da Madeira 30 de Julho de 2009

BisbiPrimeiro estudo sobre espécie de ave Regulus madeirensis descoberta em 2007

A ilha da Madeira é todo o território mundial do pequeno e irrequieto Bisbi Regulus madeirensis, ave com um peso médio de seis gramas descoberta em 2007. Hoje, a Spea (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) revelou que existem cerca de 300 mil indivíduos nas florestas da ilha, de acordo com os resultados do primeiro estudo realizado sobre a espécie.
29.07.2009 PÚBLICO

Tons de laranja, verde, cinzento, preto e branco pintam esta ave que, até 2007, era considerada a sub-espécie madeirense da estrelinha (Regulus ignicapilus), ave que ocorre em quase todo o continente europeu.

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Subida das temperaturas vai acelerar emissão de CO2 armazenado nas turfeiras do Norte do planeta 29 de Julho de 2009

Filed under: Notícias da Ciência — Prof. Cristina Vitória @ 11:31
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turfeirasEstudo publicado na revista “Nature”

 Enquanto o mundo negoceia um plano de acção mundial contra as alterações climáticas, os cientistas trabalham para perceber melhor o fenómeno. Hoje, uma equipa de investigadores de três países divulgou que um aumento de 1ºC vai aumentar em mais de metade o CO2 emitido pelas turfeiras nas regiões nórdicas. O estudo foi publicado na revista “Nature”. 

A equipa de cientistas holandeses, suecos e britânicos mostrou que “um aumento de 1ºC vai acelerar a respiração de todo aquele ecossistema [as turfeiras] em média em 60 por cento na Primavera e 52 por cento no Verão. Este efeito durará, pelo menos, oito anos”.

Os cientistas estimam que durante as próximas décadas, o aumento de 1ºC levará as turfeiras boreais a emitir anualmente entre 38 e cem milhões de toneladas de CO2. Ora, a meta de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) no conjunto da União Europeia é de 92 milhões de toneladas por ano, lembram os investigadores.

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Fármaco travou doença dos pezinhos num ensaio clínico 26 de Julho de 2009

pézinhosUm ensaio clínico internacional que envolveu 78 doentes de dois hospitais em Portugal mostrou ser capaz de travar a progressão da paramiloidose, conhecida como “doença dos pezinhos”. .

O fármaco, apoiado na molécula FX-1006A e desenvolvido por uma empresa farmacêutica norte-americana, teve resultados promissores mostrando que 60 por cento dos doentes que o experimentaram durante 18 meses não viram a doença avançar. Mas há mais estudos e ensaios em cursos com diferentes alvos terapêuticos para esta doença que actualmente apenas pode ser tratada com um transplante de fígado.

“É um passo importante e promissor numa doença grave, progressiva e incapacitante como esta”, constata Teresa Coelho, responsável da Unidade Clínica de Paramiloidose (UCP) do Hospital de Santo António, no Porto. Apesar do optimismo, a médica que é também a investigadora principal do ensaio clínico pede alguma prudência. “Esta doença não tem tratamento. Tem a hipótese do transplante e não que não é resposta para todos os doentes. Quando os doentes vêem estas notícias ficam com muita esperança e é preciso lembrar que o fármaco não está ainda acessível e que ainda há algumas coisas que temos de perceber melhor”, lembra. (more…)

 

Alterações climáticas estão a tornar peixes cada vez mais pequenos 21 de Julho de 2009

peixessConclusão de estudo do Cemagref
Os peixes das águas europeias perderam metade da sua massa corporal no espaço de algumas décadas, por causa do efeito das alterações climáticas, concluiu um estudo do instituto francês Cemagref, publicado hoje nos Estados Unidos.

Os investigadores deste instituto público especializado na gestão sustentável das águas e dos territórios estudaram as populações de peixes nos rios europeus, no Mar do Norte e no Mar Báltico.

A sua conclusão, publicada na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”, é que as diferentes espécies de peixes perderam em média 50 por cento da sua massa corporal nos últimos 20 ou 30 anos. Além disso, acrescentam, a massa total dos peixes que vivem nas águas europeias baixou 60 por cento.

As espécies mais pequenas tendem a assumir um lugar mais importante nos mares e nos rios, explicou o coordenador do estudo, Martin Daufresne.

Os investigadores já sabiam que as águas mais quentes são, geralmente, habitadas por espécies mais pequenas e que o aquecimento das águas afecta as migrações e os hábitos de reprodução dos peixes.

Mas o impacto na dimensão dos animais é “enorme”, estima Daufresne. Os peixes mais pequenos têm menos crias e constituem presas mais pequenas para os seus predadores, incluindo o homem, colocando assim consequências graves para a cadeia alimentar e para o ecossistema.

Daufresne conclui que a sobre-pesca não é a única razão para a diminuição do tamanho dos peixes. “O nosso estudo estabelece que a temperatura tem um grande papel”.

20.07.2009  PÚBLICO
 

Homem na Lua – 40 anos 20 de Julho de 2009

Filed under: Notícias da Ciência — Prof. Cristina Vitória @ 22:11
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Muitos são da opinião de que a verdadeira consciência ecológica começou quando arrancou a corrida espacial.

Esta segunda-feira comemoram-se os 40 anos da chegada do Homem à Lua. Um feito tecnológico notável para a época e que levou o engenho humano até aos limites.

Segue o vídeo dos primeiros pequenos passos do Homem num salto gigantesco para a Humanidade.

 

Diferenças entre os sintomas da gripe comum e da gripe A

Filed under: Notícias da Ciência — Prof. Cristina Vitória @ 21:08
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gripe A

 

Velhos provérbios, novas verdades… 15 de Julho de 2009

Filed under: Curiosidades — Prof. Cristina Vitória @ 00:00

-Filho de peixe…             …é tão feio como o pai.birds
-Quem não arrisca…            …não se lixa.
-O pior cego…                … é o que não quer cão nem bengala.
-Quem dá aos pobres…       …fica mais teso.

-Quem o feio ama…             …tem que ir ao oculista.
-Há males que vêm…            …e ficam.
-Gato escaldado…              …geralmente está morto.
-Mais vale tarde…            …que muito mais tarde.
-Cada macaco…                …com a sua macaca.
-Águas passadas…              …já passaram.
-Depois da tempestade…        …vem a gripe.
-Vale mais um pássaro na mão    … que uma cagadela na cabeça.

 

Do fundo do mar até ao osso 14 de Julho de 2009

cientistasVinte anos de pesquisas em biomateriais

O ideal era que fôssemos como os lagartos, os ouriços ou as estrelas-do-mar. Que quando perdêssemos um braço, partíssemos um osso ou víssemos um cancro a devorar-nos um órgão, estes pedaços de nós voltassem a crescer. O INEB não desiste de tentar.

Celebraram 20 anos de trabalho no final do mês de Junho organizando um fim-de-semana de formação com o título: Engenharia Biomágica. A verdade é que às vezes parece magia o que tornam possível. Às vezes parece que só com magia vão conseguir fazer o que acham possível. Os investigadores do Instituto de Engenharia Biomédica (INEB) foram os primeiros a dedicar-se a esta área em Portugal e têm um lema: engenharia que vive. Foi assim que preencheram defeitos ósseos com cascas de camarão e caranguejo, fizeram próteses com titânio e um simulador de partos. Por exemplo.

No início, que como já dissemos foi há 20 anos, eram pouco mais de uma dezena de pessoas com um interesse em comum. Eram médicos, engenheiros, biólogos, investigadores que se importavam com a engenharia biomédica e que, um dia, se encontraram num congresso sobre o tema, no Porto. E o INEB começou assim sem paredes, cada um no seu departamento e sabendo que, na soma das partes, formavam um todo. Foi o primeiro grupo de investigação a trabalhar na área dos biomateriais em Portugal.

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42 PERGUNTAS ACERCA DO VÍRUS H1N1 “GRIPE HUMANA A” 9 de Julho de 2009

Respostas que foi dada pelos médicos do Centro Epidemiológico. 

 

Director Geral do Centro Epidemiológico: Dr. Alejandro Macías
Director de Nutrição: Dr. Zubirán

PERGUNTAS E RESPOSTAS:

1.- P: Quanto tempo dura vivo o vírus suíno numa massaneta de porta ou numa superfície lisa? R: Até 10 horas.

2. –P: Que utilidade tem o gel de álcool para limpar as mãos?  R: Torna inactivo o vírus e mata-o.

3.- P: Qual é o meio de contágio mais eficiente deste vírus? R: A via aérea não é a mais efectiva para a transmissão do vírus, o factor mais importante para a  fixação do vírus é a humidade (mucosa do nariz, boca e olhos), o vírus não voa (a não ser que  a pessoa portadora do vírus espirre a menos de um metro de distância de nós).

4.- P: É fácil o contágio em aviões? R: Não, é um meio pouco propício para o contágio.

5.- P: Como posso evitar o contágio?  R: Não levar as mãos à cara, olhos, nariz e boca. Não estar próximo de uma pessoa possuidora da doença. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.

6.- P: Qual é o período de incubação do vírus? R: Em média de 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase de imediato.

7.- P: Quando se devve começar a tomar medicamentos?  R: Dentro das 72 horas do aparecimento dos sintomas os resultados são muito bons, a cura é de 100%.

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