Ao contrário da datação relativa, que apenas fornece a relação cronológica entre estruturas geológicas, a datação absoluta ou radiométrica permite estimar a idade das rochas em milhões de anos (M.a.), através da desintegração regular de isótopos radioactivos naturais.
Os isótopos radioactivos desintegram-se espontaneamente e a uma velocidade constante. A velocidade varia de elemento para elemento mas não é afectada por condições ambientais, como a temperatura ou a pressão.
Alguns elementos radioactivos têm períodos de semitransformação muito longos e outros mais curtos, sendo esses valores utilizados na determinação da idade das rochas.
Como fazer a datação radiométrica?
Tendo conhecimento do tempo que leva um elemento a desintegrar-se, os cientistas podem pesquisar as quantidades presentes do isótopo-pai e do isótopo-filho e chegar à data do início da desintegração.
Em teoria, o método da datação radiométrica é simples, mas difícil de pôr em prática, porque as concentrações de isótopos radioactivos presentes nas rochas são muito baixas e difíceis de avaliar com precisão. Os resultados podem também não ser significaivos se o isótopo-pai presente na rocha se juntar a outro isótopo após a formação ou se o isótopo-filho tiver podido escapar da rocha. São necessários testes muito sofisticados para assegurar que nada disto tenha acontecido.
Para fazer a datação radiométrica determinam-se as quantidades relativas do isótopo-pai (P) e do respectivo isótopo-filho (F), bem como a semivida (tempo necessário para que se dê a desintegração de metade do nº de átomos do isótopo-pai, originando átomos-filhos) correspondente.
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