BioGeogilde Weblog

Blog de apoio e complemento às aulas de Ciências Naturais, Biologia Geologia e Biologia

Hotel feito de lixo alerta para perigos da contaminação 21 de Janeiro de 2011

Instalação concebida com detritos provocados pelo turismo em massa.

Até onde pode ir a vontade de reciclar? O que fazer com os detritos? Um novo hotel, que abriu recentemente em Madrid (Espanha), tem as paredes completamente cobertas de lixo, por detritos trazidos pela maré e depositados em praias europeias.
O Beach Garbage Hotel foi recentemente inaugurado e tem apenas cinco quartos, mas com capacidade para alojar até dez pessoas por dia – eleitas através de um sorteio no facebook. A construção é da autoria da artista alemão Há Schult e fica na central Plaza de Callao, em pleno centro da capital espanhola e tem como objectivo chamar a atenção para os riscos da contaminação. (more…)

 

Água doce que chega aos oceanos aumentou quase um quinto em 13 anos 8 de Outubro de 2010

A água evapora-se dos oceanos, criam-se nuvens, chove e nos continentes os rios levam esta água de volta ao mar. Mas cada vez em maior volume. Segundo uma equipa de cientistas que utilizou satélites para avaliar os caudais dos rios da Terra, entre 1994 e 2006, o volume anual de água doce que chegou aos oceanos aumentou 1,5 por cento. Tudo porque o termóstato do planeta está mais elevado.

“Pode não parecer muito – 1,5 por cento por ano –, mas ao fim de algumas décadas é uma quantidade enorme”, afirma em comunicado Jay Famiglietti, professor de Ciências da Terra da Universidade da Califórnia e investigador principal do estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Academy of Sciences. Ao longo de 13 anos, as medições feitas pelos satélites Topex/Poseidon e Jason-1, da NASA e da Agência Espacial Francesa, e pelos satélites Aerospace Center Gravity Recovery e Climate Experiment, da NASA com o Centro Espacial Alemão, mediram um aumento de 18 por cento de água a chegar aos mares. (more…)

 

Quanta água corre nos oceanos? 20 de Maio de 2010

Novas técnicas comprovam que volume dos mares da Terra é menor do que se pensava.

1 332 milhões de quilómetros cúbicos é a quantidade total de água que contêm os oceanos na terra.

Os dados são resultado de um estudo realizado pela Woods Hole Oceanographic Institution, em Massachussetts, uma instituição privada que desde 1930 se dedica a investigar as relações entre as massas de água e o resto do nosso planeta.

Matthew Charette, membro da equipa encarregada de auditar os mares da Terra garante que “quem quiser saber quanta água existe no mundo e procurar no Google encontra cinco números diferentes, a maioria valores de há 30 ou 40 anos”.

Através de medições com satélites, os cientistas conseguiram reunir os dados mais precisos até agora sobre o volume de água nos oceanos. Os resultados da investigação foram publicados na Oceanography.

Os resultados são surpreendentes. O volume total dos oceanos (1 332 milhões de quilómetros cúbicos) é menor do que se pensava. A diferença, mesmo que seja apenas 0,3 por cento menor do que se calculou há três décadas, representa o volume equivalente a cinco vezes o Golfo do México. (more…)

 

Modelos climáticos deixam de fora metano libertado pelos oceanos 9 de Julho de 2009

alteraçõesAté agora, a contribuição do metano oceânico para o efeito de estufa tem sido grandemente subestimada e não foi incluída nos modelos climáticos internacionais, alerta um estudo publicado ontem na revista especializada “Nature Geoscience”.

Os cientistas da Universidade de San Diego, coordenados por Evan A. Solomon, estudaram seis locais do Golfo do México onde o metano é libertado por “chaminés de gás” na placa oceânica, a 500 ou 600 metros de profundidade. A emissão para a atmosfera destas bolhas de metano será “considerável”.

Contra o que seria de esperar, as bolhas emitidas a estas profundidades atingem as águas à superfície e o metano que contêm escapa para a atmosfera.

Graças a um robô submersível, os investigadores recolheram amostras de água de 20 em 20 metros numa coluna de água nas proximidades daquelas “chaminés de gás” e analisaram a concentração de metano. Máxima à saída das chaminés, a concentração em metano diminui rapidamente, antes de aumentar de novo à superfície.

A partir das concentrações de metano nas águas à superfície, os investigadores calcularam a velocidade da difusão de metano na atmosfera. E encontraram valores dez a dez mil vezes superiores às estimativas anteriores. Até agora pensava-se que as bolhas emitidas a mais de 200 metros de profundidade não chegavam à superfície.

Os investigadores consideram que estes resultados “salientam a importância das chaminés de gás como fonte de metano atmosférico”, uma fonte subestimada nas previsões climáticas actuais.

O estudo de outras bacias ricas em hidrocarbonetos – como o Golfo Pérsico ou o Mar Cáspio – deverá confirmar estes resultados.

O metano é um gás com efeito de estufa muitas vezes subestimado mas mais potente que o dióxido de carbono (CO2). Num período de cem anos, o seu potencial de aquecimento global é 25 vezes maior do que o do CO2.
06.07.2009 – PÚBLICO

 

Extinção ameaça um terço dos tubarões de alto mar 2 de Julho de 2009

Filed under: Notícias da Ciência — Prof. Cristina Vitória @ 20:48
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tubarao2Um terço das espécies de tubarão de alto mar – como o grande tubarão-branco e o tubarão-martelo – está ameaçado de extinção. A sobre-pesca é a principal razão, segundo um estudo publicado hoje pela UICN (União Mundial para a Conservação).

Das 64 espécies oceânicas de tubarões e raias estudadas pela UICN, 32 por cento estão ameaçadas de extinção.

“Apesar de as ameaças serem cada vez maiores, os tubarões continuam praticamente sem protecção em alto-mar”, lamentou a co-autora do estudo Sonja Fordham, da Shark Alliance, num comunicado da UICN. Esta especialista pede, assim, um “plano de protecção internacional e coordenado”.

Os tubarões são capturados pela sua carne e barbatanas, especialmente na Ásia. Os autores do relatório denunciam, em especial, a prática conhecida como “finning”, que consiste em cortar as barbatanas aos tubarões e rejeitar ao mar o resto do corpo.

“O nosso relatório demonstra um grave problemas de sobre-pesca destas espécies, nas águas nacionais e internacionais, e uma clara necessidade de acção imediata a uma escala global”, acrescentou Fordham.

Além das medidas de protecção, o Grupo de Investigação sobre Tubarões, da UICN, exige um aumento dos investimentos na investigação para acompanhar melhor a evolução das populações de tubarões nos diferentes oceanos do planeta.

Todos os anos são capturados cem milhões de tubarões e várias espécies viram as populações diminuir durante a última década, segundo o Fundo Internacional para a Protecção dos Animais (IFAW).
25.06.2009 –  PÚBLICO

 

Países pedem estratégia global para proteger oceanos 14 de Maio de 2009

waves_thumbnail_0Um total de 64 países, incluindo os Estados Unidos, aprovou hoje a Declaração dos Oceanos de Manado, que pede à ONU que inclua a protecção dos mares na sua estratégia global contra as mudanças climáticas.

O documento conjunto «convida a considerar» os efeitos do aquecimento global sobre os oceanos na conferência de Copenhague de Dezembro, um encontro-chave no qual está previsto definir um protocolo que substitua o de Quioto, que expira em 2012.

Esta iniciativa foi adoptada durante a Conferência Mundial dos Oceanos, que começou na segunda-feira na cidade de Manado, a norte da ilha indonésia de Célebes, e que tem por objectivo chamar a atenção internacional para que actue também contra os efeitos do aquecimento global nos mares.

A declaração, que não é de carácter vinculativo, salienta também a necessidade de fomentar a cooperação internacional política e científica no âmbito marinho, e, neste sentido, recomenda que as economias avançadas prestem socorro técnico e financeiro aos países menos desenvolvidos.

Durante as negociações prévias ao acordo, várias nações industrializadas, entre as quais os Estados Unidos, foram contra assinar um texto no qual a ajuda fosse imperativa, o que constituiu um dos maiores obstáculos para se chegar a um consenso.

Além disso, a declaração salienta a importância de agir para «reduzir a poluição do mar e nas zonas do litoral», e aconselha realizar «estratégias de desenvolvimento sustentável» a nível nacional e inter-regional.

Além disso, os países que participaram na conferência salientam no documento a necessidade de aumentar a pesquisa oceanográfica e a troca de informação científica entre países.

O Governo da Indonésia, promotor e anfitrião do fórum, mostrou-se «profundamente satisfeito» com o conteúdo do documento final e pelo «compromisso» dos países, disse o ministro de Assuntos Marítimos e Pesca indonésio, Freddy Numberi, durante o acto oficial no qual foi anunciada a declaração conjunta.
                                                                                                     14 de Maio de 2009, In Diário Digital